Você com certeza já deve ter ouvido falar em bemol e sustenido pelo menos uma vez na vida. Mesmo porque, antes da “hashtag”, o símbolo # era conhecido como “sinal de sustenido”.
Mas, agora que você iniciou seus estudos no violão, essas serão palavras frequentes. Elas tratam de uma parte importantíssima da Música, sem a qual ficaríamos presos para sempre no mundo invertido de Dó maior.
Talvez você achasse ser um mistério. Talvez acredite ser um grande desafio. Porém não se preocupe: juntos vamos desvendar toda a mágica do bemol e sustenido, os acidentes musicais.
Bemol e sustenido na História
Como já contamos em nosso guia definitivo sobre escalas, antigamente a música era diferente. E nem precisa do olho de Agamotto para saber disso. Basta ver o violino: como é um instrumento que não tem trastes, a posição do dedo na corda faz o som variar mesmo com diferença milimétrica.
Isso acontece porque as notas são vibrações e têm frequências justas. Por isso, se o violão não tivesse trastes, haveria múltiplos sons diferentes entre uma nota e outra.
Na época, esses múltiplos foram resumidos em uma única frequência. A ela, chamamos “acidente musical” ou “semitom”.
Bemol e Sustenido: dois nomes, a mesma nota
Agora, veja só que interessante: bemol e sustenido representam os acidentes. No entanto, ainda que sejam duas palavras, elas servem para significar a exata mesma coisa. E explico:
Entre as notas Dó e Ré, temos um acidente. Para entender melhor, dê uma olhadinha no braço do seu violão. A nota Dó está na terceira casa da corda Lá, mas a nota Ré só está na quinta. O acidente musical é, justamente, a posição do meio. Um semitom.
Esse acidente não é nem Dó nem Ré, embora pareça com ambos. Mas confira por si mesmo. Basta dar uma de Han Solo e experimentar.
Um ponto importante
Enquanto você avança nos estudos, irá notar que só existem cinco acidentes. Entre Mi e Fá não existe acidente algum, muito menos entre Si e Dó. Confirme isso analisando a escala maior de Dó.
O porquê das palavras
Bemol e sustenido dão nome ao mesmo acidente, mas não escolhemos no “uni duni tê”. Música é coisa séria, pequeno gafanhoto.
Embora existam tablaturas, cifras e afins, partituras ainda são o mais importante deles. É por causa delas que temos bemol e sustenido. Se tivéssemos Ré e Ré bemol juntos, seria mais fácil derrotar o Kratos que escrever a transição.
Assim, dependendo da escala ou campo harmônico, utilizamos o sustenido (representado por #) ou o bemol (representado com b).
Como utilizar corretamente a nomenclatura
É bem simples: se o acidente está um semitom depois da nota — e ela não aparece naquela escala ou harmonia —, leva o #. Consequentemente, se está antes, leva o b. Por exemplo:
Se uma música tem C# como tom, a última nota do campo harmônico seria um Dó menor com quinta bemol — ou Cm(b5). Com isso, teríamos tanto Dó sustenido (C#) quanto Dó menor (Cm) para escrever. E já sabemos que não é legal fazer isso. Então, em vez de chamarmos o acidente de Dó sustenido, preferimos Ré bemol (Db).
Curiosidade à vista, marujo
Eventualmente, quando não é possível transcrever sem repetir notas, podem aparecer “monstros” como Cb (Dó bemol), B# (Si sustenido) e afins. Mas não se assuste: basta recordar que o sustenido é um semitom para a frente, e bemol, um semitom para trás. Dessa forma, Cb é B, e B# é C. Fácil, não?
Agora, depois dessa aula, você já está no caminho para tornar-se um paladino do violão. Porém se, mesmo lendo os guias que apontamos aqui, nos links, alguma dúvida ainda resiste bravamente, você só precisa falar com a gente nos comentários e, num piscar de olhos, usaremos nosso mana para esclarece-la.
Ah, e claro: assim como você, muitos de seus amigos devem estar precisando de uma força no aprendizado. Por isso, não se esqueça de compartilhar essa aula em suas redes sociais.
E se você quer acelerar o seu aprendizado no violão, conheça nossa análise sobre aulas de violão online.
Grande abraço, aventureiro da música, e até a volta!